Resumo:
|
SCHUL, V. B. Partículas de Fosfato de Ferro e Fosfato de Ferro-Cálcio como
dispositivos visando o tratamento de melanoma. 2010. 77 f. Dissertação (Mestrado) –
Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 2010.
O câncer tem múltiplas origens e suas causas incluem estilo de vida, fatores ambientais e
suscetibilidade genética hereditária. Por isso, a busca por tratamentos mais eficazes e por um
diagnóstico precoce das neoplasias malignas cresce cada vez mais. Apesar de o câncer,
geralmente, derivar de um único clone de células transformadas, o processo de progressão
tumoral promove considerável diversidade genética entre as células neoplásicas em
crescimento. O Melanoma cutâneo maligno origina-se dos melanócitos presentes
predominantemente na pele ou de células precursoras multipotentes, como os nevus, e é o
câncer cutâneo com maior grau de malignidade. Várias são as linhas de tratamento utilizadas
atualmente para o câncer, porém muitas ainda não são tão eficazes, e a descoberta precoce
ainda é uma das principais ferramentas para o combate ao problema. O presente projeto teve
como objetivo verificar a resposta de células de fibroblastos e Hep2 in vitro tratadas com
partículas de Óxido de Ferro e Ferro-Cálcio, assim como, a caracterização dessas partículas.
A caracterização das partículas foi realizada por meio da análise granulométrica, de
Microscopia eletrônica de varredura (MEV), teste de absorbância dos vidros e a medida da
capacidade de aquecimento das partículas quando em solução nas concentrações de 50, 250 e
500mg/ml. Os testes de toxicidade dos vidros foram realizados por meio de ensaios in vitro de
difusão de extratos em solução e método de difusão em Agar utilizando-se linhagem celular
de fibroblasto e células tumorais de laringe humana hep2. E, testes in vivo com a
administração das partículas obtidas pela via subcutânea. Os resultados da caracterização das
partículas demonstraram que o diâmetro médio das partículas de fosfato de ferro foi de
830,2nm e 745,3nm para as partículas de fosfato de ferro-cálcio, o que foi confirmado pela
MEV. O teste de absorbância mostrou que os vidros absorvem em ampla faixa do espectro
eletromagnético, incluindo a faixa de 660nm. O teste de aquecimento demonstrou a
capacidade das partículas em variar em média 14ºC a temperatura da solução,
independentemente da concentração utilizada. Os testes in vitro e in vivo mostraram que as
partículas não foram citotóxicas e não causaram danos ao tecido subcutâneo, mesmo após o
tempo de 1 semana da administração. Estes resultados mostram que a utilização de partículas
de vidros de fosfato para o tratamento de câncer pode ser viável, assim com seu potencial para
utilização no tratamento de melanoma.
Palavras-chave: Melanoma. Tratamento Hipertérmico. Laserterapia. Câncer.
SCHUL, V. B. Partículas de Fosfato de Ferro e Fosfato de Ferro-Cálcio como dispositivos
visando o tratamento de melanoma. 2010. 77 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-
Graduação Interunidades Bioengenharia, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010.
Cancer has many origins and their causes include lifestyle, environmental factors and hereditary
susceptibility. Therefore, the search for better treatments and early diagnosis of malignant
neoplasms grows more and more. Although the cancer usually derives from a single clone of
transformed cells, the process of tumor progression promotes genetic diversity between the
neoplastic cells in growth. Cutaneous Malignant Melanoma arises from melanocytes predominantly
present in the skin or multipotent progenitor cells, such as nevi, and is the skin cancer with the
highest degree of malignancy. Several lines of treatment are currently used to treat the cancer, but
many still not effective and early detection stills one of the main tools to combat the problem. This
project aimed to verify the response of fibroblasts and Hep2 cells treated in vitro with particles of
iron oxide and iron-calcium, as well as the characterization of these particles. Characterization of
particles was performed by means of textural analysis, scanning electron microscopy (SEM),
absorbance test of the glasses and measurement of the heating capability in particle solutions at
concentrations of 50, 250 and 500mg/ml. Toxicity tests of glasses were performed using in vitro
tests of extracts of diffusion in solution and Agar diffusion method using a fibroblast cell line and
tumor cells in Hep2 human larynx. And, in vivo tests with subcutaneous injection of the particles.
The characterization results showed that the particle average diameter of particles of iron phosphate
was 830.2 nm and 745.3 nm for the particles of iron-calcium phosphate, which was confirmed by
SEM. The absorbance test showed that the glasses absorb in a wide range of the electromagnetic
spectrum, including the band of 660nm. The heating test demonstrated the capability of the particles
to promote a 14ºC average temperature variation in the solution, regardless of the concentration. In
vitro and in vivo tests showed that the particles were not cytotoxic and did not cause damage to the
subcutaneous tissue, even after 1 week of administration. These results shows that the utilization of
phosphate glasses particles can be feasible, as well as its potential for use in the treatment of
melanoma.
Key worlds: Melanoma. Hipertermic Treatment. Lasertherapy. Cancer.
|