Apresentação
Linha de pesquisa
A linha de pesquisa “Redes produtivas e logística integrada” desenvolve pesquisas no âmbito da colaboração entre empresas, com o intuito de definir modelos para coordenar recursos, capacidades, competências e integrar processos em logística.
Tema do grupo de pesquisa AR-C: Modelagem de redes dinâmicas
Palavras-chave: redes dinâmicas, redes colaborativas, modelo de referência, EKD
Rede é um arranjo interorganizacional, com empresas legalmente independentes, mas economicamente interdependentes que visam a cooperação em detrimento a concorrência, para relações de troca, objetivos comuns ou complementares, laços comuns e relações sociais, que acabam por tornar-se contínuas ao longo do tempo. No caso em que a rede constitui uma organização virtual para explorar uma oportunidade de negócio particular, a rede é temporária.
Figura 1: Ciclo de vida de redes dinâmicas
Justificativa
Dentre as diferentes perspectivas teóricas de rede, observa-se que não há um consenso entre as variáveis a serem consideradas e as pesquisas sobre redes têm abordado, em grande parte, questões relacionadas à eficiência e aprendizado. No entanto, as especificidades, originalidade e as diferentes metodologias de abordagem geram lacunas que dificultam a delimitação de recorte analítico adequado. A partir dos argumentos apresentados, busca-se responder a seguinte questão: Como organizar e modelar os elementos que constituem as redes? Nesse sentido, o objetivo desse tema é identificar, analisar os conceitos e pressupostos para modelar redes dinâmicas. As redes dinâmicas possuem as fronteiras virtuais, flexíveis associadas ao conceito de ciclo de vida de redes. Para cumprir esse objetivo, identificam-se as arquiteturas para redes dinâmicas e os elementos a serem considerados para a modelagem.
Metodologia de modelagem
A metodologia de modelagem de redes dinâmicas adotada é a Enterprise Knowledge Development (EKD). A metodologia EKD pode ser utilizada para a construção de modelos de referência, pois promove de forma sistemática a análise, o entendimento, o desenvolvimento, a documentação e a organização de componentes morfológicos (nós, posições, ligações e fluxos) do modelo de referência. O EKD possui um conjunto de seis submodelos (conceitos, objetivos, regras de negócio, processos de negócio, atores e recursos, componentes e requisitos técnicos) que permitem a documentação do modelo de referência em um sistema linguístico comum, que abrange diferentes níveis dos relacionamentos interorganizacionais.
Figura 2: Metodologia EKD. Fonte: Bubenko et al. (1998)
Direcionamento das pesquisas
As pesquisas tem se orientado para o desenvolvimento de modelos de referência para implementação de metodologias de gestão nos setores metal mecânico, construção civil e químico. Valoriza-se a diversidade de formações acadêmicas, dado que a modelagem permite sistematizar o conhecimento, identificar oportunidades de inovação, auxiliar na gestão de mudança, apreender perspectivas de diferentes domínios de conhecimento e auxiliar na captura de requisitos organizacionais para sistemas de informação. O desenvolvimento das pesquisas é centrado no especialista (mestrando ou doutorando), mas depende do contato direto com os membros da empresa. O desenvolvimento do modelo de referência ocorre em médio prazo, o uso em curto prazo e o aprimoramento em longo prazo.